Modernidade x Saudosismo


Por Carlos Calcagnotto*
DE CAXIAS - Podemos considerar como positiva a decisão do prefeito Alceu Barbosa Velho, ao designar o seu vice Antônio Feldmann para liderar um trabalho de viabilização da retomada do transporte doméstico e de carga, através da viação férrea.
Agora logicamente com trens modernos mais eficientes, confortáveis e de maior velocidade de percurso, a serem ainda definidos no projeto que está sendo estudado em conjunto com o BNDES e o Ministério dos Transportes.
Uma direção preferencial opta pela privatização do investimento e exploração do futuro transporte ferroviário.
O Brasil a partir dos anos 50, optou claramente pelo desenvolvimento preferencial de veículos automotores, com incentivos fiscais e de investimento do poder público destinados à implantação de inúmeras fábricas automotivas.
Hoje estima-se que o país tenha entre 120 e 150 milhões de veículos em uso, numa rede de rodovias muito aquém do necessário em função do crescimento diário da demanda.
Então, é óbvia a escolha do país se voltar paralelamente para novas fontes de locomoção, quer seja através de trens, ampliando a rede ferroviária nacional, bem como o melhor aproveitamento das estradas ferroviárias de pouca ou nenhuma utilização há décadas. Outra via de solução são os metrôs, os trens elétricos, aeromóveis e aviões.
A ideia de fazer voltar os trens nos remete a um saudosismo muito grande
Evidente está o esforço de melhorar os transportes rodoviários coletivos, que racionalizem ouso das vias públicas.
Contudo, o que se pode esperar num projeto do retorno dos trens, é sabidamente uma questão não encontrada em nenhuma outra opção de transporte público, que é o saudosismo histórico desde o início da independência do país.

Trens elétricos (tipo tremsurb)
Esse fato traz consigo um elemento considerável de aceitação da sociedade brasileira, especialmente, porque além de emotivo, é um sistema que dificilmente traria engarrafamento no trânsito e trazendo também, uma alegria singular de apreciação das zonas rurais e de atrativos naturais, cuja viagem traria um conforto de deslocamento sem buracos, sem riscos maiores de acidentes de trânsito e uma tranquilidade ímpar, cuja duração do trajeto, pouco ou quase não seria percebida. O trem representa a união do saudosismo com o futuro promissor.
Trem VLT
Todo e qualquer apoio ao projeto do trem, no momento pilotado por Antônio Feldmann com o apoio da CIC de Caxias do Sul e dos governos municipais, estadual e federal, além da iniciativa privada, merece ser expresso pela comunidade.
*Carlos Calcagnotto é professor universitário e comerciante

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