Governo Dilma, o outro lado da moeda


Por Carlos Calcagnotto
Futuro exitoso
Segundo o Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios da Inglaterra, o Brasil será a quinta maior economia mundial em 2022.
Esta previsão faz parte de um relatório que revela ainda que o PIB nacional brasileiro deverá saltar nada menos do que 92% em uma década.
Ao confirmar-se esta projeção, o Brasil estará ultrapassando economicamente países como a França, reino Unido e até a Alemanha.
Se pararmos para pensar um pouquinho, nos daremos conta que um país de pouco mais de 500 anos de existência estará ultrapassando países que historicamente fizeram a economia mundial desde a criação da moeda, o surgimento dos bancos, além de ter liderado a humanidade por milênios, como é o caso do Reino Unido, a Inglaterra.
Além deste, superar a Alemanha é estar acima da economia de um dos três melhores países mundiais em tecnologia avançada e mão de obra média populacional mais capacitada do mundo. Pois é de se pensar mesmo.

Custo do controle inflacionário
Enquanto isso, a presidente Dilma não tem medido esforços, nem verbas e investimentos públicos para gerar um crescimento econômico e social mais acelerado possível, sem descuida-se do controle inflacionário.
Os investimentos nacionais em habitação e infraestrutura são astronômicos financeiramente falando e Dilma não aparenta ter receios nestas áreas.
Muito embora, os partidos de oposição criticam ferozmente a sua administração, onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ainda esta semana, a crise econômica e financeira da Petrobrás, tendo como origem as determinações presidenciais ao não aumentar o preço dos combustíveis, dentro dos padrões internacionais, originando o forte enfraquecimento das finanças da Petrobrás e de seus acionistas, resultando em prejuízos nos balanços patrimoniais da Petrobrás, em contraste com o histórico de sucesso da mesma em governos anteriores, desde a sua fundação.
O pré-sal que é a grande perspectiva de crescimento da Petrobrás e dos orçamentos públicos estará acentuadamente prejudicado pelo motivo da poderosa Petrobrás estar sendo utilizada como principal instrumento de controle inflacionário. E este é outro para se pensar.

O lado fraco de Dilma
Ainda o descumprimento das metas do governo federal que em 2012 tinha uma meta de superávit fiscal primário de R$ 139,8 bilhões, não foi cumprida e para tentar encobrir este fato, no último dia de 2012, o governo federal editou decretos, fazendo contabilidade ‘criativa’ para dar a impressão de que a sua meta fiscal estaria sendo cumprida.
Segundo o economista Marcelo Portugal, foram sacados R$ 12,4 bilhões de dividendos da CEF e do BNDES no total de R$ 7 bilhões.
Totalizando R$ 19,4 bilhões de receitas primárias, mascarando assim o mau desempenho das metas primárias.
Para melhor entendimento, o superávit fiscal primário é o resultado financeiro entre as receitas e despesas públicas do país.
Importante registrar que nas dívidas do governo federal, ao menos R$ 20 bilhões não aparecem na contabilidade da dívida líquida e bruta do Brasil.
Este valor representa subsídios de equalização de taxas de juros do Programa de Sustentação do Investimento do BNDES e do Minha Casa Minha Vida, financiamento habitacional.
Dá para se dizer que ao se avaliar o êxito do governo Dilma, o acima exposto, representa um preocupante outro lado da moeda.

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